A Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) entregou o “Relatório de Atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais – 2021”. Este demonstra os resultados atingidos através do reporte e monitorização dos vários projetos estabelecidos.

Os projetos distribuem-se por quatro orientações estratégicas. Neste momento, vamos focar em apenas duas. Para consultar as restantes e outras informações pode aceder ao Relatório Completo, aqui.

“Valorizar os espaços rurais” é a primeira orientação estratégica, pretende-se que esta seja o impulso para alterar o contexto rural de forma sustentável e duradoura. “Para mobilizar a sociedade e reduzir o perigo dos incêndios é crítico reconhecer o valor presente e futuro dos bens e serviços gerados nos espaços rurais.” Esta orientação estratégica foca-se, principalmente, na ordenação do território.

“Cuidar dos espaços rurais” remete para a responsabilidade e obrigação de cada indivíduo em promover uma gestão ativa e boas práticas para a redução da exposição aos incêndios e promoção da sustentabilidade.

Para tal, pode-se planear e promover uma paisagem diversificada. As medidas tomadas são orientadas para a promoção da gestão agregada e de maior dimensão das propriedades, aumentando assim a economia de escala e o seu potencial económico.

Este instrumento deverá igualmente ajudar a melhorar o processo de recuperação de áreas ardidas com mais de 500 hectares, que pela sua dimensão e impactos associados, é a oportunidade para alterar a paisagem no sentido da sua resiliência e valorização.

Por outro lado, a diminuição da carga de combustível à escala da paisagem é outra medida que se enquadra nesta orientação estratégica. Relativamente à gestão de combustível foi reportada em 2021 a execução global de 88 058 hectares (+17 671 hectares, um aumento de 25% face a 2020).

Este incremento deveu-se, essencialmente, às atividades reportadas pelo ICNF, com um acréscimo face a 2020 de 198% na Rede Primária, 82% nos mosaicos e 51% no fogo controlado e queimadas.

Embora, com uma ligeira melhoria face a 2020, os níveis nas intervenções em área, através de pastoreio, mosaicos e fogo controlado mantiveram-se abaixo das metas previstas para 2021. Assim, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de medidas que estimulem o envolvimento privado e o consequente investimento em medidas de silvicultura e/ou pastorícia em mosaicos com escala, reforçando a contribuição para a diminuição do perigo de incêndio.

Notícia publicada em 22/06/2022 no portal Capril Virtual.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *